As botinhas do Noel

Acho que estou em clima de Natal desde setembro! Nunca tinha feito uma botinha antes, só quando eu estava na primeira série e ainda foi de papel, até hoje minha mãe guarda a botinha (oi!?). Depois de muito tempo resolvi fazer uma com feltro (é claro!) e tecido. Gostei tanto que fiz outra e mais outra e mais outra. Tudo costurado à mão porque máquina que é bom, eu não tenho ainda. AINDA não tenho, mas terei! 

A primeira vez que costurei à máquina eu devia ter uns 10 anos. Minha mãe, costureira de mão cheia, (ô!) fazia nossas roupas, todas personalizadas... e não havia shopping ou loja que tivesse uma peça igual. Encantei-me com a costura e com a máquina, e num dia, de muita vagabundice, ninguém em casa, lero-lero e blá-blá, resolvi me ter com a máquina. Ah, nem imagine! Foram duas agulhas quebradas, tecido desperdiçado, linhas emaranhadas, dedo furado, paciência no limite, o medo da mãe chegar antes e... um short todo torto, desconexo, nem pra lá, nem pra cá, mas claro, feito por mim. E sozinha, visse!? O que eu aprendi foi o que os meus olhos roubaram quando minha mãe costurava. Roubaram, porque ela nunca quis que eu aprendesse a costurar, bordar, nada de manualidades. Ah, mas jeito não tinha, estava impresso na alma.

Não costuro ainda, à máquina, mas a màquina vive todos os dias tilintando minha cabeça...

"me compra... me compra..."

E até hoje lembro da fisionomia da minha mãe falando (com carinho), quando viu a bagaceira que eu fiz: "Ei menina! Tá ficando maluca! Olha o que você fez! Eu não posso sair um minuto e você apronta uma destas". rs...

 

Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.

Beijos.